sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Jesus em nós


JESUS EM NÓS

Outro dia estava a trabalho em uma cidade próxima a minha e ao passar pela rodoviária local me deparei com uma reflexão pra lá de religiosa, pra lá de política, pra lá de existêncial ou mesmo assistêncial.

Digamos que a reflexão transcendeu os muros de quem, mesmo diante de tantos estudos e conhecimentos e ainda com formação religiosa para tal exercício, se sentiu no mínimo pior do que a cena avistada e que pela qual foi responsável por me permitir humanamente um ser inútil.

Ao passar pela calçada me vi diante de um homem que provavelmente tinha por volta de uns vinte e oito anos, roupas claras e sujas, rosto com barba por fazer e os pés sujos. Pele tatuada e por ali adormecia em posição de criança. Deitado na grama que cercava a guia da calçada, o homem parecia a mercê de qualquer tipo de ligação com o nosso "mundo". O homem me fez lembrar a vida e as mensagens de Jesus. Não sei explicar e até me permito tentar. Nesta época do ano eu sempre me percebo sensível. Penso na vida, realizações profissionais, metas por ainda cumprir, família, trabalho, compras, presentes e ...tanta...tanta coisa por fazer.

A cena me permitiu o sentido de tudo. Aquele homem me fez pensar no vazio. No nada. O pouco que ele tenha eu não paro para pensar no meu dia. Foi então que pensei nele. Onde está sua família? Este homem teve uma mãe, um pai? O que houve? Por tantas experiências que ele vivenciou. Quantas provocaram seu estado? De onde ele é? Quem ele é? Seu nome? Em que momento ele abandonou sua família? Ou será que foi abandonado?

Eu me senti desconfortável com estas perguntas que, ao longo do caminho, vinham em sequências rápidas à minha mente. Havia um homem que vinha atrás de mim e ele percebeu que eu meditava sobre a cena que o mesmo também avistou. Ele olhava admirado e como que me dizendo: é ele e não nós. Tive esta impressão. Ou ainda, que situação não é mesmo?

O fato é que estamos na época do Natal. Jesus se estivesse no meu lugar, o que Ele faria?

Eu senti vontade de conversar com aquele homem, estender-lhe a mão. Mas me senti impotente. Erguer este homem não estava no meu poder. Eu queria oferecer-lhe emprego. Apresentá-lo à sociedade como sendo digno de oportunidades. Encaminhá-lo a órgãos públicos competentes.

Naquele momento senti meu coração aberto para o nascer de Cristo. Senti vontade de lavar seus pés e mostrar o caminho da oração, do amor, da humildade e o caminho da fé.

E foi então que cheguei ao meu destino de trabalho e o que me restou foi a oração por aquele jovem rapaz. Nas minhas orações eu pedi a Jesus que pegasse aquele jovem no colo e que minhas orações fossem atendidas em prol de outras situações parecidas com aquela.

Quando cheguei ao trabalho pensei comigo: Senhor, que com meu trabalho eu possa falar do acontecimento de hoje e que este exemplo sirva de motivação para tirar das ruas jovens como este jovem. Que o meu trabalho ajude as pessoas a caminharem na esperança de um futuro melhor.                                                            

                                                               Cassia Mira

                                                 Eu desejo a todos um feliz e santo Natal!

 

 

 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

AR

Em duas letras...
Muitos sentidos!
Em duas letras...
Muitos sorrisos!

Sorrisos em ares...
Doces suspiros!
Sorrisos de brisa...
É o ar que se respira!

Ar puro e limpo...
É tudo que se aspira!
Do ar também devemos cuidar
Desta fonte que é vida!

Ar que sustenta esta sememte.
Abraça o avião que sobe.
Faz brotar nos corações
a emoção desta corrente!

Sinto-te no vento.
Dou-lhe o nome de brisa.
Sinto na pele seu toque.
Brindando a suavidade da poesia.

Sinto-te na música.
No fôlego do cantor.
que solta sua voz.
Aveludando a melodia!

Sinto-te na nuvem,
nas infinitas formas que se modelam.
Dando sentido a fantasia.
Neste instante sou artista.
Flocos de algodão!

Deste jeito te sinto.
Fonte de minha inspiração.
No sorriso de uma criança
Tua existência faz morada.
Doce ar que assim respiro.

Trabalho publicado no jornal Guaypacaré em 9/06/2007
Declamado pela autora para um grupo de professores da Escola Estadual Gabriel Prestes em 19/11/2012

Momentos!

Momentos! E a vida continua no seu percurso ligeiro e certeiro. Aproveito a oportunidade para divulgar ao leitor que pelas ruas da cidade vem me pedindo para revelar o nome da música do amor que relatei no último artigo intitulado "Sintonia do amor", a música é Moon over Naples - do cd Boleros de ouro do maravilhoso músico Waldir Silva. Gente! É linda! A vida é feita de momentos felizes e somente quem vive intensamente estes momentos sabe que esta frase é verdadeira. Dia 15 de agosto vivi tão intensamente que ainda o sinto em meu ser. Vivenciei o ser mãe duplamente e coloquei em prática minha missão vocacional. Revivi momentos de quando exercia meus primeiros passos na profissão de psicóloga. Fui pioneira em acompanhar partos na Santa Casa de Lorena. E ali vivi minha tarefa institucional que era acompanhar e ouvir a dor do outro. Promover conforto e entendimento emocional, acolher e preparar pacientes para procedimentos cirúrgicos, perda por luto, situações de emergências e assim passei pelos setores U.T. I, pronto socorro e maternidade. Montei um grupo de chefes e enfermeiros de setor para trabalhar o stress provocado pelo cotidiano hospitalar. Mais foi na maternidade que vivenciei momentos lindos! Hoje encontro com os bebês que vi nascer a vinte anos atrás. Jovens sorridentes fazem questão de me abraçar. E foi neste último 15 de agosto de 2012 que revivi tudo isso e a vida me presenteou com mais um momento feliz. Na Rua Dom Bosco, no dia da fundação da nossa Santa Casa de Misericórdia de Lorena, lugar onde nasci, onde nasceram minhas duas filhas, que então fui agraciada por Deus. Fui convidada a acompanhar e preparar minha filha para o parto. Meu neto Eduardo veio à luz. Agradeço aqui poder acompanhar os trabalhos do Dr. Takano e compartilhar de sua sabedoria médica. Ao Dr. Rogério Ligabo que humanamente apresentou o bebê para sua mãe e vovó. Natália foi forte e nos abraçamos muito, choramos de emoção ao final do parto e acolhemos o futuro que ali se mostrou presente. Naquele momento me senti o próprio manto azul acolhendo mãe e filho na tranquilidade. Eu senti o sagrado, o eterno, o saudável. Deus abençõe os médicos, a equipe de enfermeiros, parabéns Santa Casa por mais um ano comemorativo. E Viva Nossa Senhora da Piedade! Termino com mais uma de minhas frases: Nascer é um milagre! Viver é uma conquista! Um abraço feliz! Trabalho publicado Cassia Mira

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sintonia do Amor

No auge do momento, venho escarafunchando minhas experiências de vida e buscando nelas algum exemplo que bem sirva para demonstrar ao leitor o que de fato significa vivenciar o amor e assim dizer que, venho incansavelmente vivendo e aprendendo. Sempre! Certo domingo estava a visitar meus pais e quando, de repente dei de cara com um ingrediente fundamental na vida a dois. É claro que vida de casal não é nada fácil e ausência de discussões não significa necessariamente o viver bem e sim presença de problemas. Não discutir significa fugir dos problemas que aparecem e viver de máscaras de que se vive bem não é salutar. Viver bem uma ova! Onde tem pessoas reunidas, cada qual com sua opinião, conversar e discutir faz a diferença. Meus pais são bem engraçados, ou seja, eles discutem muito! E no pique de completar bodas de ouro, ainda namoram e é bem legal ouvir o... Bem... Você quer isso? Mais Bem? Não é isso meu bem! Bem você está demorando... Bem, você viu aquilo? Ah... Como foi bom crescer ouvindo meu bem pra lá, meu bem pra cá. Meus pais são os meus exemplos de amor. Eu os via cozinhando juntos, fazendo imposto de renda juntos, fazendo compras, fazendo pizza juntos e claro também via os dois discutindo, e também dando as mãos nos passeios de carro. São pessoas dignas de apreço e eram bem harmoniosos em dizer os “nãos” que precisei ouvir, até mesmo porque precisava aprender que frustração, saber esperar e ganhar por merecer faz muito bem aprender e nos prepara para a vida. Meus pais foram excelentes neste quesito e hoje estou falando sobre isso. Minha mãe fragilizada com sua condição de saúde vem demonstrando que é possível lutar a cada dia pela vida e meu pai são umas das forças necessárias que ela recebe. Não mudaram em nada, continuam no pique do amor e zelam pela casa construída com suor do próprio trabalho, sonhos realizados e das plantas do jardim, do quintal que meu próprio pai capina e gosta de mostrar como ficou bem capinado. Outro dia, ouvindo música junto com meu pai, ele então me presenteia com a tal sintonia do casal quando me diz assim: - Quer ver só, vou aumentar o volume desta música, pois sua mãe AMA ESTA MÚSICA! Foi então que a música adentrou pela casa e em menos de segundos minha mãe chega até a sala onde estávamos e me diz assim, com os olhos brilhantes, exclamando a vida: - EU AMO ESTA MÚSICA! Neste instante olho para o meu pai sentado no sofá e ele estava com os olhos cheios de lágrimas. Eu muito agraciada por Deus, segurei minhas lágrimas e então lhes disse: - Isso merece uma dança aqui mesmo! Puxei a mesa de centro e então os dois dançaram a música do amor. Aí sim, me permiti chorar e aprender com aquela maravilhosa sensação de que o amor é a maior sintonia do mundo. Um abraço amoroso Cássia Mira

sexta-feira, 9 de março de 2012

quinta-feira, 8 de março de 2012

Além do caldo... Ótima caipirinha!

Além do caldo... Ótima caipirinha!
Estou aqui, hoje, ás 4hs e 59 minutos da manhã, escrevendo sobre o trabalho. As lutas dos que vivem em função do bem estar das pessoas. Dizem os astrólogos que 2012 será o ano de fortes emoções. Acho que já estou vivendo fortes emoções. Tudo regido pela influencia forte da lua. Bom, não entendo nada de astrologia mais sigo confiante de que, tudo indica. E o que trás sabedoria é vivenciá-las.
Nada mais será tão breve em minha vida. A vontade de viver é muito grande e acredito no amor em toda sua dimensão, desde que, praticado com responsabilidade e respeito ao ser humano. Estar com o outro e conhecê-lo é antes de tudo ser inteiro, transparente e demonstrando o que de fato se sente.
Agora, neste exato momento, estou ouvindo o grupo Yes com sua música “SOON” (LIVE 2002). Os entendidos das boas e lindas coisas da vida sabem de qual música estou falando. Relembre! Quem não sabe, vale a pena ouvir, pois o que vale nesta vida é ensinar a apreciar o que é belo.
O sol virá já!...Já... já! Está amanhecendo e o horizonte será avistado novamente. Tudo seria diferente se não fosse o sol. O sol energia. Tudo e todos nós dependemos do sol. O maior de todos os detalhes. Aqui e lá no céu...
O sol! Através do sol, Deus nos diz que existe, a todo instante.
O sol calor, o sol presente nas pessoas, o sol presente na cor amarelo. O sol que alimenta a nossa esperança.
Acredito que estamos neste mundo para uma missão que é resgatar vidas, salvar vidas e independente de qualquer profissão, esta é a nossa missão.
Relembrando Shakespeare, dia desses estive lá no restaurante do ROMEU. Lá comemoramos aniversários, ficamos na presença de amigos de almas resgate. Uma alma generosa, uma alma que é luz procura sempre estar por perto da luz. Amizades e boas amizades são eternas. Agradeço a vocês, amigos e amigas que oferecem o abraço e a admiração pelo ser que em sensibilidade aflorada se apresenta e encontra o carinho merecido sem qualquer má intenção. Isso tudo no restaurante do Romeu.
Lá no Romeu. Ali na Avenida Peixoto de Castro. Gente... Ai! Como gosto deste lugar!
Parece que os proprietários da casa entendem o meu gostar. E para apreciar degustei além dos maravilhosos caldos, as bem preparadas caipirinhas do Marcelo. Que caipirinha! Ou melhor! Que delícia! MARAVILHOSAS! Tudo com muita moderação e responsabilidade gente. Mais assim, impossível provar uma só... rsss! Obrigada Marcelo! Que é quem prepara os vários tipos.
Digo que Lorena tem, dentre outros lugares magníficos, o Romeu, gatíssimoooo! (gato siamês proibido de namorar minha gata siamesa. Que peninha!). E também, lógico! O restaurante e petiscaria do ROMEU que tem um ambiente favorável a boas conversas e com uma equipe de trabalho cativante e competente.
Melhor que a caipirinha do Marcelo, somente os amigos alma- resgate e a música do Yes! Soon – live 2002.
E “BREVE!” E “SEMPRE!” o sol já vem surgindo... o Jornal também.
Graças a Deus! Ao sol! A vida!
Beijos ILUMINADOS NOS CORAÇÕES DE TODOS.
Cassia Mira é Psicóloga, especialista em Psicopedagogia e em Filosofia pela Unesp campus - Marilia, Artista Plástica, Escritora, Poetiza.
cassiamira01@hotmail.com
visite o blog: http://versosepinceladas.blogspot.com/

domingo, 29 de janeiro de 2012

Ver... Comer... Degustar... Sentir... VIVER!

Se viver é um beleza constante, digo que viver exige de nós uma certa dose de encantos. Viver bem não é pra qualquer um, mais viver bem é possível a todos, basta querer!
Foi assim que decidi viver bem e escolhi conhecer o Rio de Janeiro. Bem no mês de janeiro. Belíssima escolha! O Rio continua lindo! Sim, Senhor!
Lá, bem em frente ao ap. em que fiquei, por sinal muito bem situado, conheci o boteco Belmonte. Gente que delicia! Um estabelecimento que desde 1952 é bem frequentado e com uma equipe de trabalho muito carismática. Lá eu conheci o sabor do Rio! Fiquei de olho na beleza dos vários pratos e quitutes ali e aqui passando por mim. Ai que delícia! Foi então que meus olhos escolheram experimentar o que a vida tem de melhor em termos de cozinha. Aiiiiii uma bandeja desfilando diante de meus olhos com umas delicinhas que o proprietário falou que eram uma espécie de empadas. Batizei de empadas Belmonte. Hummmmmmm.....não via hora de degustar. Vários sabores e cores e o cheiro provocava uma sensação gostosa de mar. Uma sensação gostosa de vontade, de querer, eu amei! Rio de Janeiro, Copacabana, Lapa, Ipanema, Pão de Açucar, Gente maravilhosa, Cristo de braços abertos, cidade linda! e claro, as empadas Belmonte. As empadas que bem vivi e saboriei. Requinte carioca! Obrigada a todos que bem me receberam nesta cidade e no Boteco Belmonte. Até a próxima.
Cassia Mira
O boteco Belmonte fica na rua Domingos Ferreira, 242 - Copacabana Rio de Janeiro - RJ
Tem tambem na Lapa, no Leblon, Flamengo, Barra, Jardim Botânico, Ipanema.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Quando te vejo

Quando te vejo sinto o sol, calor imenso, força na pele da alma, luz e calor.
Quando te vejo sinto o verde azul do mar, cor perfeita, brindando a beleza da vista, nunca, nunca esquecida.
Quando te vejo sinto a serra, selvagem, robusta, amiga das horas pensantes, com suas nuances oferecidas por Deus.
Quando te vejo sinto meu corpo refletido no tom de quem ama o amor, sentido real de toda uma existência.
Cassia Mira

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Pintura a óleo

Como processo de pintura, o óleo oferece ainda hoje margem a discussões quanto às suas origens, métodos e evolução, a despeito de sua aplicação secular. A área de desenvolvimento da pintura a óleo está estreitamente ligada à cultura ocidental e fica circunscrita, geograficamente, das fronteiras eslavas até o Atlantico e do Mar do Norte ao Mediterrânio, transferindo-se, mais tarde, através da colonização, às outras partes do mundo. São óbvias as razões pelas quais o óleo tomou conta da palheta do artista.
Desde os primórdios, as tintas a óleo eram conservadas em pequenos sacos de couro ou de bucho, que, ao serem furados com um estilete, deixavam sair a quantidade de tinta desejada. Os meios de acondicionamento aperfeiçoaram-se ainda dentro dos ateliers, pelo uso de tubos de metal, com pistão, que comprimia a tinta contra o orifício de saída e eram novamente cheios, à proporção que se esvaziavam. A industrialização devemos o moderno tubo feito de estanho, contendo as tintas já preparadas para comodidade do artista. A terebintina extraida das coníferas através da destilação de sua exsudação, processo relativamente simples, era conhecida dos antigos, citada por Plínio e Teofrastos como Therebintus, com utilidade na medicina.
Fonte: Iniciação à pintura. Edson Motta, Maria Luiza Guimarães Salgado, editora Nova fronteira.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Silêncio!

Diante da paisagem um convite...
Ouça o silêncio da alma...Façanha proeza.
O silêncio do eu na calada do cansaço.
O percurso que promete a energia renovada.
Ouça o silêncio ao redor... O uivo do bambuzal, o cantar dos pássaros, a boiada que dita a hora, o som beirando a serra...
Ouça o silêncio ao redor...
O som das águas verdes...o barco anunciando solidão.
O quanto Deus caprichou no canto lírico dos pássaros. Deus! Deus que persevera em dizer que existe.
Ouça o silêncio em si...
O que está do lado de fora...
Ouça o silêncio ao redor pois ele já faz parte de ti.

Cassia Mira
trabalho publicado